ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDEUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
DIRETOR: Bartolomeu Pereira de Souza
Coordenadoras pedagógica:
Neuzilene Gomes Pereira
Nilza Pereira Maranhão
Ciências e os Números da vida
Autores:
Elismar Rodrigues da Silva
Ezequiel Aguiar de Oliveira
Colaboradores:
Joaquim Jamil Freitas
Laura Neide de Sousa Ferreira
Leonor Alves dos Santos
Maria Gleci Alfaro S. Pires
Rosa de Lima
Vânia
Zeila
PAIS
São Félix do Araguaia, Março de 2011
1. Introdução
Em um grande número de nossas escolas, as aulas de ciências, biologia, matemática, geografia português, e, outras, na forma em que são ministradas, não possibilitam que os alunos desenvolvam uma aprendizagem efetiva dos conteúdos escolares, pois o estado de passividade destes é uma realidade escolar e é destacado como um dos fatores que influem negativamente no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem nos diferentes níveis de escolaridade. Os alunos perdem o interesse diante de componentes curriculares que nada tem a ver com a sua vida, com suas preocupações, com suas dúvidas, com seus anseios, Muitas vezes decora, de forma forçada, aquilo que precisa saber para prestar exames e, passadas as provas, tudo cai no esquecimento.
(BIZZO, 1998) Propõe alguns pressupostos que orientam a educação em Ciências da Natureza, afirma que a educação deve proporcionar a todos os estudantes a oportunidade de desenvolver capacidades, que neles despertem a inquietação diante do desconhecido, buscando explicações lógicas e razoáveis, levando os alunos a desenvolverem posturas críticas, realizar julgamentos e tomar decisões fundamentadas em critérios objetivos, baseados em conhecimentos compartilhados por uma comunidade escolarizada.
As informações de (CHASSOT, 2000) corroboram com as de (BIZZO, 1998), ao abordar a alfabetização científica e a cidadania, o autor ressalta que a maior responsabilidade do ato de ensinar ciências, seria a preocupação de que os alunos e alunas se transformem, a partir desse ensino em homens e mulheres mais críticos. O autor considera a ciência como uma linguagem para facilitar nossa leitura do mundo, daí a importância da alfabetização científica: combater o cienticismo, salientando o fato de que essa linguagem é um construto humano, logo mutável e falível. Sendo assim, a alfabetização científica se configura como um conjunto de conhecimentos que facilitariam aos indivíduos realizarem uma leitura do mundo onde vivem, entendendo as necessidades de transformá-lo, e transformá-lo para melhor. A seu ver, a cidadania só pode ser exercida plenamente se o cidadão ou cidadã tiver acesso ao conhecimento.
Segundo as Orientações Curriculares, no nosso dia-a-dia, convivemos com diferentes linguagens. Elas representam as diversas realidades de nossa vida. As linguagens são construídas historicamente, em situação de interação social, assim o uso que fazemos delas é mediado pelas relações sociais. O ser humano define-se pela linguagem, desvela-se pela linguagem, é pela linguagem – concepção que obriga o estabelecimento de relação entre linguagem e identidade. Os educandos ao produzirem seus textos em qualquer linguagem, revelam-se, mostram quem são para si mesmo e para o outro, ou seja, sua identidade, entendida como autoconhecimento, é construída no uso cotidiano da linguagem, no diálogo com o outro e com as diferentes visões de mundo existentes, isto é, o processo de construção da identidade depende também da compreensão, aceitação e respeito às diversidades sociais, culturais, política e das linguagens que as expressam.
Nesse sentido, a leitura e a escrita são ferramentas incontestáveis para a inclusão do indivíduo na sociedade, sendo da escola a responsabilidade de sistematizar esses saberes, através de projetos de intervenção que venham a contribuir para o crescimento social do individuo. De acordo com as orientações apresentadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), todo professor, independente da sua área de formação, deve ter o texto como instrumento de trabalho, fazendo com que este ocupe um lugar de destaque no cotidiano escolar, pois é sabido que é através do trabalho orientado pela leitura e escrita que o aluno poderá apreender conceitos, propor, comparar pontos de vista, argumentar, entre outras coisas, galgando em busca da conquista de sua autonomia no processo de aprendizado. Como também é relevante entender as tecnologias e as atividades físicas como parte do cotidiano do aluno tanto dentro, como fora do ambiente escolar, estimulando e possibilitando o uso das mesmas. Colocando em foco, pequenos gestos que ativam a circulação sanguínea, estimula a respiração, a freqüência cardíaca, reduzem níveis de stress e tensões. Realizar estes movimentos de forma correta reduz consideravelmente o número de disfunções posturais, dores nas costas e lesões por esforço repetitivo que podem acometer aos alunos em seu período ativo.
Assim, a presente proposta da área de Linguagem é trabalhar a leitura e o processo de escrita através dos gêneros textuais: crônica, conto, notícia e história em quadrinhos, buscando desmistificar esse paradigma e mostrar como toda e qualquer disciplina pode dedicar tempo e espaço para a diversidade textual em sala de aula. Numa relação dialógica e interdisciplinar, envolvendo as disciplinas de: língua portuguesa, educação física, literatura, artes, língua estrangeira e comunicação (Educomrádio), objetivando amenizar o índice de defasagem no processo de leitura e escrita apresentada pelos alunos das turmas trabalhadas.
Ainda de acordo com as OCN, o conhecimento construído na escola pode-se tornar mais significativo do que a circunscrição a realidades abstratas ou distantes, se trabalharmos com situações concretas de vida e de experiência do estudante. É relevante conhecer e reconhecer na vivência dos estudantes, os temas que mais os motivam, que estejam de acordo com a problemática experienciada por eles. Tais conhecimentos já construídos ou em processo de construção pelos educandos devem ser expandidos para conhecimentos mais gerais e globais, de modo que percebam que vivemos em relações sociais, políticas, econômicas interligadas a redes familiares, comunitárias, nacionais, globais. A intenção é estabelecer relações entre os saberes vivenciados pelos estudantes em sua experiência familiar e comunitária e o saber escolar, entendido como conhecimento formal e geral.
De acordo com (SCHWANKE & MELO, 2002; SCHWANKE & SILVA, 2004); diferentes autores têm proposto o desenvolvimento de materiais didáticos diferenciados e atividades pedagógicas mais interativas e atrativas para facilitar a compreensão de conceitos ensinados pelas diversas ciências. Dessa forma, o processo de construção de projeto pedagógico deve ser fruto do trabalho da comunidade escolar (professores, alunos coordenadores, diretores, funcionários, pais) e, ao mesmo tempo, deve ser organizado e articulado atendendo a realização de projetos individuais dos seus membros junto ao projeto coletivo da escola. Construído num clima de diálogo e abertura, deve ser flexível o suficiente para favorecer sua própria renovação. O grupo escolar deve refletir sobre as experiências acumuladas com o objetivo de renovar as práticas pedagógicas. (KLEIMAN, 1999)
A adoção dos projetos torna-se relevante, porque contribui com os discentes, onde há espaço para os mesmos envolverem-se no planejamento das atividades como um todo. Com isso, aprendem administrar o tempo, dividir e redistribuir as tarefas avaliando os resultados em desempenho do plano inicial.
Partindo deste pressuposto e entendendo a grande responsabilidade que a escola possui de orientar e desenvolver a formação científica, social e cultural da sociedade, observando e conhecendo as dificuldades de aprendizagem de conhecimentos básicos da área de Ciências da Natureza e matemática, Linguagem e Ciências Humanas pelos alunos da Escola Estaduais Presidente Tancredo de Almeida Neves e ainda das dificuldades que, nós, professores temos encontrado no desenvolvimento de nossas atividades docentes, é essencial que se realize atividades pedagógicas diferenciadas que, visem despertar o interesse e o estímulo dos educandos pelo contexto escolar, trabalhando conceitos de natureza científica, social e cultural que se relacione com as diferentes realidades vivenciadas pelos alunos e principalmente, que estas atividades possam proporcionar aos sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem os conhecimentos necessários para se tornarem pessoas críticas, participativas e autônomas da construção do seu próprio conhecimento e da sociedade onde vivem.
2. Objetivo Geral
Proporcionar aos educadores e educandos a construção de conhecimentos ambientais, científicos, culturais e sociais.
2.1 Objetivos Específicos
Ciências Naturais e Matemática
• Auxiliar os estudantes na busca, construção e atualização dos conhecimentos que permita a interpretação de diferentes fatos e fenômenos observáveis no contexto estudado na área de ciências da natureza.
• Possibilitar aos estudantes a construção de conhecimentos matemáticos que os auxiliem na interpretação e formulação de saberes sociais, científicos e culturais.
• Mostrar aos alunos que conhecimentos da área de ciências da natureza e matemática bem como de outras ciências estão presentes em todas as atividades desenvolvidas pela sociedade humana e também nos fatos e fenômenos observáveis no ambiente.
• Desenvolver atividades pedagógicas que despertem nos educandos interesse e prazer pela vida escolar.
Ciências Humanas
• Refletir sobre as relações humanas.
• Reconhecer os principais critérios que podem pontuar para classificação do grau de exclusão social.
• Proporcionar a construção de si próprio como agente social que intervém na sociedade.
• Entender a sociedade em que vive como fruto da ação humana que faz e refaz no processo de historicidade.
• Compreender as relações sociais a partir da intermediação do trabalho humano sobre os elementos da natureza e, os conseqüentes reflexos oriundos dessas relações.
• Conhecer a relação de interdependência entre o espaço urbano e rural e as mudanças ocorridas ao longo do tempo em cada um deles.
Linguagem
• Proporcionar momentos de leitura de textos literários, relacionando seus sentidos a elementos da vida cotidiana e do contexto sociocultural.
• Reconhecer as características típicas das narrativas ficcionais: Crônicas e Contos;
• Produzir textos narrativos acerca de temas do cotidiano, apropriando-se de características próprias dos gêneros trabalhados.
• Oportunizar aos alunos, momentos de aprendizagem e criação artística, através de estudos e produção artística sobre História em quadrinhos.
• Oportunizar aos educandos conhecimento da estrutura de texto jornalístico.
• Possibilitar aos alunos acesso a leitura e escrita de textos jornalísticos em espanhol.
• Proporcionar a produção textual coletiva do gênero notícia
• Utilizar programas de editoração eletrônica de texto para padronização dos textos de acordo com as normas técnicas.
• Utilizar software de localização global on-line para pré-visualização do ambiente a ser visitado.
• Tabular dados obtidos e criar gráficos representativos utilizando planilha eletrônica.
• Utilizar de editores de apresentação para apresentar os resultados.
• Confeccionar HQs tendo como ferramenta software específico.
• Utilizar de alongamentos e ginástica laboral para prevenir problemas posturais relacionados ao cotidiano escolar.
3. Materiais e métodos
3.1- Caracterização da Área
3.1.1 A Escola
A Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves, está localizada na Avenida Governador Jose Fragelli S/N no Bairro Vila Nova em São Félix do Araguaia – MT. Fui Através do Decreto n°789 de 15 junho1988. Sua autorização para o funcionamento ocorreu através da portaria 3277/92. O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) é 01564923/0001-39.
A Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves foi construída em 1985 Através de um projeto do ex - vereador Almir Assad e encaminhado ao Governo dôo Estado de Mato Grosso, o qual visava o crescimento do Bairro Vila Nova.
A unidade Escolar recebeu o nome de “Presidente Tancredo de Almeida Neves” em Homenagem ao ex – Presidente da Republica.
Durante 03 anos o Prédio foi do Município, funcionando como Escola Municipal, implantada para atender demanda do Ensino Fundamental de I a IV serie. Nesta época o município que era mantenedor do funcionamento a respeito de material de consumo e permanente e recurso humano.
Em 1989, a parte burocrática da Escola foi transferida para o Estado, passando assim a assumir a Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves através da resolução n° 789 de 15 de junho de 1988, o Conselho Estadual de Educação autorizou o funcionamento de (I a VIII), tornando uma Escola Estadual de 1° Grau. A transferência se deu devido o crescimento da demanda rural cuja preocupação do Governo Municipal era de implantar e implementar as escolas rurais, como também pelas questões políticas que facilitaram as negociações para o município.
A partir de 1996, a Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves, passou atender somente o Ensino Médio.
A escola atende uma clientela de 640 alunos distribuídos na zona urbana e em 8 extensões na zona rural com distancias que vai de 20 a 200 Km do município. Conta com um quadro de professores habilitados em licenciaturas para a área em que atua. Entretanto, na zona rural, contamos com um quadro de professores diversificados, tendo em vista a dificuldade de conseguir profissional qualificado, para todas as áreas do Ensino Médio.
A escola conta com um quadro profissional qualificado com docentes graduados em licenciatura plena na área em que atua.
Visando aprimoramento do desempenho pedagógico, acontece a cada semana, a Formação Continuada do Projeto “Sala do Professor”, para todos os profissionais da escola. Quanto à distribuição das turmas esta se dá segundo portarias expedidas pela Secretaria de Educação do Estado – SEDUC a cada ano letivo, as turmas possuem em média 30 alunos.
Os profissionais que atendem a área de infraestrutura: apoios pedagógicos e técnicos administrativos estão melhorando sua qualificação através do Programa do Estado Profuncionário, programa este que acontece em parceria com o município.
Existem na escola os órgãos colegiados como Conselho Deliberativo Escolar, Conselho de Classe, Conselho de Professores e Grêmio Estudantil, que tem como objetivo unir os diferentes sujeitos inseridos na escola para que estes somem esforços em busca de manter e oferecer um ensino de melhor qualidade.
O Ensino Médio é a etapa de concretização e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando a continuidade dos estudos na educação superior (Art. 35. Inciso I. LDB). De acordo, ainda, com o Art. 36 § 2º da mesma LDB, o ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará–lo para o exercício de profissões técnicas, por isso é a etapa final da Educação Básica que assume dimensão essencial no processo formativo de todo cidadão brasileiro.
A Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves oferta ensino nas modalidades Ensino Médio Regular e Ensino Médio Integrado a Educação Profissional (EMIEP), e para os estudantes matriculados em ambas as modalidades a escola busca disseminar conhecimentos científicos, tecnológicos e humanísticos com vistas a provocar transformações no indivíduo, através de uma educação voltada para a qualificação profissional, tornando o cidadão apto a uma vida produtiva no mundo do trabalho, bem como visa formar profissionais capazes de constante aprendizado, preparados para atuar com princípios éticos exercendo plenamente sua cidadania.
A comunidade educativa da Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves é uma clientela diferenciada, por serem educandos adolescente e Jovens do Nível Médio, com uma faixa etária a partir de 13 anos. Essa especificação de escola de nível médio foi alcançada no advento da polarização ocorrido em Mato Grosso no ano de 1998
A Escola conta com um total de 54 funcionários, destes 37 são professores atuando no Ensino Médio.
A escola conta com um laboratório de inclusão digital, com 10 computadores e uma sala de multimídia, possui também o Projeto EDUCONRADIO, projeto que garante o funcionamento de uma rádio dentro da escola, o que possibilita em parceria com os professores realizar aulas diferentes e agradáveis. Entretanto, a estrutura física da escola atualmente é empecilho para muitas atividades pertinentes a se realizar com os educandos, uma vez que não contamos com espaços adequados, falta biblioteca, laboratórios de Ciências Naturais, quadra para recreação para as aulas de educação física.
A diretoria e Secretaria escolar estão equipadas de modo a facilitar os trabalhos da equipe administrativa e diretiva, no entanto ainda precisa melhorar os equipamentos e estrutura física (sala de professor e coordenador) para melhorar o desenvolvimento das atividades pedagógicas.
3.2 Metodologia
As atividades práticas do projeto serão realizadas com a participação dos alunos matriculados em todas as turmas do período matutino e vespertino em caráter obrigatório, os alunos do período noturno serão apenas convidados a participar das ações realizadas extraclasse, pois muitos alunos que estudam neste período exercem alguma atividade remunerada.
As atividades selecionadas para serem utilizadas como recurso pedagógico são algumas desenvolvidas por um grande número de alunos no seu dia-a-dia como: pescaria, jogo de futebol, cozimento de alimentos e pintura corporal indígena, pois alguns dos alunos indígenas e não indígenas matriculados nessa escola em algumas épocas do ano desenvolvem a pintura corporal indígena Karajá.
3.2.1 A Pescaria
Serão convidados a participar da atividade pedagógica todos os professores da escola, funcionários do apoio pedagógico, professores formadores do CEFAPRO, profissionais da marinha, pais de alunos e profissionais que atuam na área de pesca como: pescadores e pilotos habilitados para manusearem embarcações.
Organizar-se-á um grupo com pescadores profissionais, representantes dos professores e um representante dos alunos de cada grupo, estes registrarão através de relatório descritivo, vídeos e fotos a parte da pescaria que será realizada com instrumentos de pesca profissional.
A participação do aluno nesta atividade estará condicionada a autorização dos seus responsáveis através de um termo de compromisso assinado e entregue no momento de início de realização da ação.
Para auxílio na atividade de campo um dos docentes portará um quite com objetos pedagógicos e objetos que auxiliem o bom andamento das atividades como: termômetro, balança, fita métrica, caderno, caneta, lápis, borracha, máquina fotográfica com filmadora, soro antiofídico, tesoura, faca, facão, gazes, analgésicos, antialérgico, soro fisiológico, estilete, água, alimentos e sal.
No transporte dos materiais que darão assistência a atividade de campo e para garantir maior segurança no caso de acidentes será utilizado um veículo de passeio de propriedade de algum docente da escola e que será conduzido por este.
Será pedido para que os alunos opinem sobre qual o melhor local para se realizar a atividade de pesca, dentre as sugestões apresentadas escolher-se-á a melhor opção que contemplem os objetivos pedagógicos propostos para a atividade.
Os alunos serão organizados em grupos de cinco componentes, para cada quatro grupos será escolhido um docente para desenvolver a atividade de orientação, esta orientação será acordada através de reunião entre professores e coordenadores da escola em momento anterior à atividade.
Para cada grupo será selecionado entre os participantes um líder que prezará pela execução de todas as atividades pedagógicas propostas, o líder também será o responsável em realizar o registro através de vídeos e fotos no momento da realização da atividade.
O grupo de alunos deverá se organizar em dias que antecedem a atividade de campo e montar um quite de sobrevivência com alimentos, água, sal, isqueiro e os equipamentos de pesca que será utilizado por cada grupo.
Os alunos por motivo de segurança usarão calça comprida, camisa, chapéus ou boné, sapato fechado, repelentes contra insetos, protetor solar e outros recursos que protejam a sua integridade física.
Cada aluno portará dentro de uma mochila usável nas costas, produtos alimentícios, caderno, lápis, borracha, roteiro da atividade de campo, tabela de sistematização do pescado e equipamentos de pesca.
No sentido de orientar as atividades de registro e as atividades práticas de cada grupo será organizado pelos docentes um roteiro para a atividade de campo, este será impresso e entregue a cada grupo.
Cada aluno portará dentro de uma mochila usáveis nas costas gêneros alimentícios, caderno, lápis, borracha roteiro da atividade de pesca e equipamentos de pesca.
O roteiro da atividade de pesca (em anexo) será organizado pelos professores envolvidos na atividade de campo e constarão perguntas que elenquem dados que serão utilizados pelos docentes como subsídios para as discussões teóricas que fundamentarão os dados que foram registrados na atividade de campo e que serão utilizados em momentos posteriores nas aulas em sala.
As questões presentes no roteiro permitirão ao aluno registrar com o auxílio dos seus órgãos dos sentidos todas as características físicas observáveis do Ambiente, ou seja, as características do clima se chuvoso, de sol ou nublado; a temperatura ambiente se está calor, frio ou temperatura agradável; os tipos de fitofisionomias do cerrado os tipos de árvores, a característica dos caules, folhas e troncos; os tipos de animais observados (formigas, borboletas, lagartos, besouros, aves,...) e algumas de suas características físicas; as características do bioma se o local é de área de campo, cerradão, varjão, área alagável ou área de mata; a característica do corpo de água que será utilizado para a pescaria, se é lago, lagoa, rio, córrego ou outros; os tipos de equipamentos portados que serão utilizados para a pesca, os diâmetros das linhas de pesca, os tipos de isca, o tamanho dos anzóis e das chumbadas.
Com o auxílio do roteiro da atividade de campo todas as ações realizadas e observadas pelo grupo e/ou aluno serão registradas em um relatório descritivo.
Ainda deverá constar no relatório descritivo o orçamento referente à compra dos produtos utilizados na atividade de campo, esse orçamento será organizado em forma de tabela e deverá apresentar o valor unitário e total dos produtos.
Na tralha de pesca de cada grupo deverá conter linhas de diâmetro variável, anzóis de diferentes tamanhos e diferentes tipos de iscas, se possível iscas que são utilizadas por pescadores nessa época do ano como: iscas vivas, frutos, sementes, animais ou partes destes.
Através de uma tabela (em anexo) cada grupo registrará as características do pescado, portanto, o animal pescado, o nome do pescador, o nome popular do animal, a hora da pesca, o tipo de isca utilizado, o tamanho do pescado, o peso do pescado, o diâmetro da linha, o tamanho do anzol e a técnica utilizada.
Todos os peixes pescados serão acondicionados e conservados em isopor com gelo e posteriormente em uma nova atividade pedagógica desenvolvida no âmbito escolar serão cozidos e adicionados à merenda escolar.
3.2.2 O Cozimento de alimentos
Em complemento a atividade de pescaria será realizada no ambiente escolar a preparação dos pescados, os peixes pescados pelos diferentes grupos serão limpos e preparados pelos alunos, professores e demais profissionais da escola.
Os participantes que desenvolverem contato direto com os alimentos deverão estar de touca, luvas e roupas apropriadas para realizarem a função de cozinheiro (a).
Serão utilizadas como cozinha as salas de aula da escola, cada professor com os seus grupos orientandos deverão preparar um prato com os pescados, durante a atividade os alunos farão um relatório descritivo de todo o processo de preparação do alimento, ou seja, quais eram os produtos iniciais no momento da preparação do alimento e qual foi o resultado final após a preparação deste alimento.
A partir dos seus órgãos dos sentidos os educandos deverão observar o processo de preparação e execução de cozimento de alimentos, a partir dessa observação estes deverão registrar no relatório descritivo todos os fenômenos físicos e químicos observáveis durante o processo, os objetos e instrumentos utilizados como ferramentas tecnológicas para promover o cozimento e as diferentes substâncias envolvidas.
Os conhecimentos que serão trabalhados nas diferentes áreas e/ou disciplinas estão agrupados por disciplina, série e semestre (tabela 1).
3.2.3 O Jogo de futebol
Os alunos serão separados em duas equipes (A e B), cada equipe terá um time de futebol masculino, time de futebol feminino e um grupo de torcida, os grupos ficarão responsáveis em garantir aos seus participantes a água necessária.
Cada aluno que não estiver envolvido diretamente nos jogos, deverá portar um guarda chuva/sol para se proteger do sol e da chuva e para garantir totalmente sua presença na atividade.
Os educandos e também os docentes utilizarão protetor solar na realização da atividade.
No transporte dos materiais, que darão assistência a atividade de campo e para garantir maior segurança no caso de acidentes, será utilizado um veículo de passeio de propriedade de algum docente da escola e que será conduzido por este.
Durante o desenvolvimento da atividade, realizaremos outras ações como: medir com o auxílio de uma fita métrica todo o perímetro do campo de futebol, medir a intensidade de força aplicada em diferentes chutes, desenhar as trajetórias percorridas pela bola, fazer desenhos geométricos, medir ângulos, cronometrar tempos, medir a velocidade da bola, calcular deslocamentos e espaço percorrido pela bola, calcular gastos de energia pelos atletas, calcular perda de massa e peso dos atletas.
3.2.4 Conhecimentos abordados nas atividades pedagógicas
No desenvolvimento da atividade, em momentos oportunos, serão abordados pelos professores, conhecimentos de geografia, física, química, biologia, português, matemática, espanhol, artes que auxiliem os alunos a identificar, interpretar, conhecer e descrever as diferentes características de estruturas, fatos, ou fenômenos observáveis no ambiente.
Nesta atividade os professores poderão abordar conhecimentos das diferentes áreas. Segue abaixo o quadro relacionando diferentes disciplinas da área de ciências da natureza e matemática, ciências humanas e Linguagem que serão trabalhados. (Tabela 1).
Conhecimentos abordados em atividades pedagógicas de pescaria, cozimento de alimentos e jogo de futebol
Ciências da Natureza e Matemática e suas tecnologias Biologia
1º. ano 1º. Semestre 2º. Semestre
- Fisiologia de Peixes.
-Composição química dos seres vivos.
- Ecologia. - Embriologia.
2º. ano - Fisiologia de Peixes.
- Fisiologia e morfologia de plantas.
- Classificação dos seres vivos. - Fisiologia e morfologia de invertebrados.
3º. ano - Fisiologia de Peixes.
- Genética.
-Órgãos dos sentidos
- Fisiologia e morfologia de vertebrados. - Evolução.
Química 1º. ano - Transformação da matéria (Preparação dos peixes)
- Fermentação (soja)
- Constituição da matéria
- Metabolismo e anabolismo (reações Química). -Produção e absorção de energia pelos animais.
2º. ano - Solubilidade
- Quantidade de matéria
-Absorção e gasto de energia -
3º. ano - Química orgânica com ênfase nos compostos bioquímicos
-Produção energética dos compostos orgânicos -Química Inorgânica
Física 1º. ano - Introdução à física
- A física como ciência e seus objetos de estudo
- Cinemática - Mecânica
2º. ano - Termodinâmica Ondulatória
3º. ano - Óptica
Matemática 1º. ano -Bioestatística
-Frequência
- Simetria
2º. ano -Bioestatística
- Binômios de Newton
- Álgebra
3º. ano -Bioestatística
-Probabilidade (auxiliando genética)
- Proporção
- Arranjos Combinações
Educação Física
1º. ano Alongamento: gastos de energia, ginástica laboral, tipos de músculos desenvolvidos na ação de pescar (biologia).
2º. ano Alongamento: gastos de energia, ginástica laboral, tipos de músculos desenvolvido na ação de pescar (biologia).
3º. ano Alongamento: gastos de energia, ginástica laboral, tipos de músculos desenvolvidos na ação de pescar (biologia).
Geografia
1º. ano Espaço e poder, paisagem geográfica, orientação no espaço, representação do espaço e produção de mapas, gráficos e tabelas.
2º. ano Elementos da natureza: clima, relevo, solo, vegetação, hidrografia, produção de mapas, gráficos e tabelas.
3º. ano Organização do trabalho, fontes de energia, economia, produção de mapas, gráficos e tabelas.
Filosofia e Sociologia
1º. ano A importância da pesca para o município de São Felix do Araguaia.
2º. ano A colônia dos pescadores em São Félix do Araguaia.
3º. ano Valores e expressões culturais a partir da atividade pesqueira.
História 3º. ano História dos pescadores
Língua Portuguesa 1º. ano Gênero: Conto (Historias de pescador).
2º. ano Gênero: Conto (Histórias de pescador).
3º ano Gênero: Crônica. (Retratos do cotidiano do pescador).
Artes 1º. ano História em Quadrinhos.
2º ano Historia em Quadrinhos.
3º ano Historia em quadrinhos.
Língua Espanhola 3º ano Gênero Notícia.
Informática 1º ano Google Maps/Google Eart
Planilha Eletrônica
Editor de Texto
Editor de Apresentação
Software HQ
2º ano Google Maps/Google Eart
Planilha Eletrônica
Editor de Texto
Editor de Apresentação
Software HQ
3º ano Google Maps/Google Eart
Planilha Eletrônica
Editor de Texto
Editor de Apresentação
Software HQ
Tabela 1: Distribuição dos conhecimentos que serão trabalhados no ano de 2011 a partir de atividades pedagógicas de pescaria, cozimento de alimentos e jogo de futebol desenvolvidas por professores de Ensino Médio da Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves – São Félix do Araguaia - MT.
4. Formas de avaliação
Serão priorizadas as formas contínuas e formativas de avaliação previstas no Projeto Político Pedagógico da escola. Dessa forma, o projeto pedagógico possibilitará a produção de vários trabalhos de autoria dos alunos. Nesse sentido a implementação do projeto primando pela forma em que as atividades interfiram no crescimento dos educandos enquanto grupo e como pessoa, os professores observarão os seguintes critérios: participação, relacionamento, trabalho em equipe, compreensão das atividades propostas, participação em debates e discussões promovidas durante a realização do projeto e produção de textos.
5. Bibliografias
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil. São Paulo: Ed. Ática, 1998.
CHASSOT, A. Alfabetização cientifica: questões e desafios para a educação. Ijuí – RS. : Edite UNIJUÍ. 2000.
Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves, 2011.
SCHWANK, C. & MELO; D. J. Organização de Coleções Didáticas em Paleontologia In: PERSPECTIVA DO ENSINO DE BIOLOGIA, 8 São Paulo, 2002
SCHWANK, C. & SILVA, M. A. J. Educação e Paleontologia. In CARVALHO, I. S. (ed) Paleontologia. Editora Interciências, 2004 v. 2.
VASCONCELOS, Ana. Manual Compacto de Filosofia, Editora Rideel, 1ª edição, 2010.
VASCONCELOS, Ana. Manual Compacto de Sociologia, Editora Rideel, 1ª edição, 2010.
CHAUÍ, Marilena. Filosofia, série Novo Ensino Médio
MATO GROSSO. Orientações Curriculares para a Educação Básica do Estado de Mato Grosso. Cuiabá-MT, 2010.
HERNÁNDEZ, Fernando. A organização do currículo por projeto de trabalho/Fernando Hernández e Montserrat Ventura; tradução Jussara Haubert Rodrigues. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed, 1998.
